
Ultradireita europeia saúda vitória de nawrocki na polônia
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Viktor Orbán e Marine Le Pen exaltaram o êxito do candidato nacionalista da oposição no segundo turno da eleição presidencial polonesa.Líderes europeus de ultradireita exaltaram a vitória do
candidato nacionalista da oposição, Karol Nawrocki, no segundo turno da eleição presidencial da Polônia, um resultado que deve acarretar um revés na agenda do primeiro-ministro polonês de
centro-direita, Donald Tusk. Nawrocki, historiador e ex-pugilista amador de 42 anos, venceu a eleição de domingo com 50,89% dos votos, segundo os números oficiais divulgados nesta
segunda-feira (02/06), com margem apertada sobre seu rival, Rafal Trzaskowski, de 53 anos, prefeito liberal de Varsóvia e aliado de Tusk, que obteve 49,11%. "Parabéns ao presidente
@NawrockiKn por sua fantástica vitória", publicou nas redes sociais o primeiro-ministro da Hungria, o ultraconservador Viktor Orbán, dizendo estar "ansioso para trabalhar" com
o novo presidente polonês. A líder do partido francês de ultradireita Reunião Nacional (RN), Marine Le Pen, disse que a vitória de Nawrocki é uma "boa notícia" que marca um
"repúdio à oligarquia de Bruxelas" que, segundo ela, tenta impor suas "políticas autoritárias e ambições federalistas (...) desafiando a vontade democrática". A premiê
italiana, Giorgia Meloni, também nacionalista de direita, ofereceu "os melhores votos" a Nawrocki e disse que seus países "compartilham valores comuns". Candidato
derrotado, apoiado pelo atual governo, Trzaskowski levou horas para reconhecer ter perdido o pleito. "Parabéns a Karol Nawrocki... Essa vitória é uma obrigação, especialmente em tempos
tão difíceis. Especialmente com um resultado apertado. Não se esqueçam disso", disse ele no X. Resultado ameaça agenda progressista A vitória de Nawrocki bloqueará a agenda progressista
do governo em relação ao aborto e aos direitos LGBTQ e poderá reavivar as tensões com Bruxelas em relação às questões do Estado de direito. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der
Leyen, disse estar "confiante" de que a "excelente cooperação" continuará com Varsóvia. "Somos todos mais fortes juntos em nossa comunidade de paz, democracia e
valores", escreveu ela no X. "Portanto, vamos trabalhar para garantir a segurança e a prosperidade de nossa casa comum." Os presidentes poloneses têm alguma influência sobre a
política externa e de defesa e exercem poder de veto sobre a legislação. As reformas planejadas por Tusk, um ex-presidente do Conselho Europeu que já foi premiê polonês e retornou ao poder
em 2023, foram impedidas por repetidos vetos do atual presidente Andrzej Duda, que, como Nawrocki, é ligado ao oposicionista e ultraconservador Partido Lei e Justiça (PiS). Durante seu tempo
no governo, o PiS esteve em conflito com Bruxelas devido à sua reforma judicial. Também criou atritos com Berlim ao exigir trilhões de euros em reparações pela Segunda Guerra Mundial. Um
admirador do presidente americano, Donald Trump, Nawrocki está comprometido com o slogan "Polônia em primeiro lugar", rejeita a política climática e o pacote migratório da UE e é
contrário à ajuda à Ucrânia. Muitos apoiadores de Nawrocki dizem que querem restrições mais rígidas à imigração e defendem valores sociais conservadores e mais soberania para o país dentro
da União Europeia. md (DPA, AFP, ots) Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente