
Reviver administração prisional é executada por dar calote em município - século diário
- Select a language for the TTS:
- Brazilian Portuguese Female
- Brazilian Portuguese Male
- Portuguese Female
- Portuguese Male
- Language selected: (auto detect) - PT
Play all audios:

Com contrato para operacionalização da Penitenciária Regional de São Mateus (PRSM), no norte do Estado, recentemente renovado por um ano pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), a
Reviver Administração Prisional Privada responde a dois processos de execução fiscal movidos pela prefeitura de São Mateus pelo não pagamento de tributos municipais. As duas ações tramitam
na 1ª Vara Cível de São Mateus e foram apreciadas pela juíza Silva Fonseca Silva. Nos dois casos, a execução foi determinada pelo juízo, sendo que a primeira ação pleiteia a execução de R$
899,1 mil e a segunda de pouco mais de R$ 21 mil em tributos não pagos pela empresa. Os despachos determinam que, caso não seja paga a dívida, nem garantida a execução, que sejam penhorados
tantos bens quantos bastem para satisfazer a execução. Por conta das ações judiciais e da falta de pagamento de tributos, a empresa não tem certidão negativa municipal. No entanto, ainda
assim, o contrato para a operacionalização da unidade prisional foi renovado, com valor mensal de R$ 1,1 milhão. A Reviver administra a penitenciária desde 2011, ano em que venceu a
licitação para a operacionalização da unidade. A empresa é uma das três administradoras prisionais que dominam o cenário de privatização dos presídios do Estado. Além da Reviver, o governo
Paulo Hartung – principalmente no segundo mandato, encerrado em 2010 – contratava também a Montesinos Sistema de Administração Prisional para gestão de unidades em Cachoeiro de Itapemirim,
no sul do Estado; e o Instituto Nacional de Administração Prisional (Inap). Em 2014, no último ano da gestão do ex-governador Renato Casagrande (PSB), o Estado retomou o controle das
unidades de Colatina, na região noroeste, e de Guarapari, ao fim do contrato com o Inap. PRIVATIZAÇÃO A privatização da gestão das unidades prisionais teve início no segundo mandato do
governador Paulo Hartung, em 2007, sendo que a Reviver foi contratada pela primeira vez em 2011, depois de vencer a licitação da Sejus. O contrato prorrogado em 2016 foi firmado em 2012,
portanto, é a última vez que pode ser prorrogado. O consultor responsável por intermediar os interesses entre a Reviver e o governo, à época, foi o coronel reformado do Exército José Otávio
Gonçalves, que foi subsecretária de Assuntos do Sistema Penal até o ano de 2010. Em março de 2010, portanto antes do processo de licitação, a empresa fora denunciada ao Ministério Público
Federal por violações dos direitos humanos, além de tortura e maus tratos dos presos da unidade de Serrinha, no interior da Bahia. A empresa que faz a gestão da unidade capixaba também foi
acusada de corrupção na Bahia. A Reviver é suspeita de emitir notas fiscais fraudadas e de desligar o fornecimento de energia elétrica e de água para diminuir os gastos mensais na unidade
baiana.